A importância da respiração
Respirar é algo instintivo que não conseguimos evitar. Respirar bem ou adequadamente pode ajudar a melhorar nossa qualidade de vida e não ter dor. Quando chegamos ao mundo, respiramos de forma correta e vamos desaprendendo ao longo do caminho. Para respirarmos bem, precisamos utilizar a musculatura adequadamente e puxar o ar pelas narinas e não pela boca.
Estudos mostram que a respiração lenta pelo diafragma traz benefícios à saúde. Este músculo (diafragma) localiza-se entre o tórax e o pulmão. Quando ele é utilizado, o oxigênio chega até a parte abaixo dos pulmões, onde ocorre a troca gasosa do oxigênio pelo gás carbônico; na saída, o gás carbônico passará completamente pelos pulmões.
A reeducação respiratória previne doenças, reduz o estresse, hipertensão, depressão, ajuda a rejuvenescer, emagrecer, tranquilizar o emocional, induzindo ao relaxamento, ajuda a não deformar os ossos da face, dentes, zelando pelas estruturas bucais, melhorando também gastrite nervosa e enxaqueca. Em casos de apneia , ajuda a um sono mais repousante.
A respiração adequada melhora nosso sistema músculo esquelético (seria muscular-esquelético?), equilibrando e distribuindo todo esforço de nossas atividades diárias. Quem respira corretamente tem mais possibilidade de agir ao invés de reagir às situações.
A Reeducação Postural Global leva em consideração que os músculos estão interligados em cadeias musculares. É comum muitas vezes os sintomas estarem longe de sua origem, pois o nosso corpo fala e sua postura reflete sua emoção. Exemplo: pessoas tímidas costumam se fechar, pessoas seguras de si tem a característica de inflar o peito, por isso o padrão respiratório tem que ser avaliado e trabalhado.
O ritmo da respiração determina de forma positiva ou negativa o nosso estado físico, mental e emocional melhorando muito a qualidade de vida. A respiração correta massageia os órgãos do corpo e faz com que eles trabalhem com perfeição. Detectar cedo qualquer mínimo desvio pode ser a chave para um seleto grupo de pessoas que tem a coluna a prova de dores. É lamentável que o ser humano passe pela vida e morre, desconhecendo seu próprio corpo.
Dra. Umari Marques
Fisioterapeuta
Fisiocorpus – Osasco
Atividade física no inverno
O inverno é uma estação que requer mais do metabolismo, com o gasto de energia maior, este trabalha mais para produzir calor. Aliado a atividades físicas, isso pode proporcionar uma sensação maior de prazer para quem não deixa as atividades nesse período. Para quem não consegue continuar exercitando com a mesma intensidade do verão, a dica é continuar malhando pelo menos três vezes por semana, durante trinta minutos, no mínimo.
Pode ocorrer de as pessoas que abandonam as atividades no inverno, terem que duplicar o esforço no verão para não correr o risco de entrar no chamado efeito sanfona.
As atividades aeróbicas como caminhada, corrida ou bicicleta são ótimas opções para evitar o ganho de peso comum durante o período, já que a ingestão de massas é maior, e os legumes e verduras às vezes são deixados de lado.
Durante a estação os especialistas apontam que é necessário seguir algumas orientações, como: Pessoas que sofrem com doenças respiratórias, como asma, bronquite, sinusite devem ter cautela quanto à prática de atividades em ruas e parques.
Outros cuidados a serem tomados são:
- Alongamento – tenha uma atenção maior aos membros que serão mais exigidos durante a atividade física;
- Aquecimento - prolongue-o por, no mínimo, vinte minutos;
- Exercícios - para evitar que a temperatura do corpo baixe, realize-os de forma que os intervalos entre eles sejam breves;
- Hidratação - apesar de suar menos no inverno, o organismo necessita ser hidratado antes, durante e após os exercícios;
- Use roupas que mantém o corpo aquecido, porém leves e confortáveis, para não prejudicar os movimentos.
Fonte: www.mundoeducacao.com.br/educacao-fisica
Gravidez, bebês e atividade física
Bebês e Gravidez – Ponto de Vista | Gestante e atividade física
Vários estudiosos relatam a escassez de trabalhos sobre a eficiência e a segurança da atividade física / esportiva para gestantes, principalmente sobre o bem estar fetal e a circulação uteroplacentária.
O conhecimento do estado de saúde da gestante é muito importante para que um programa de exercícios seja iniciado. Por exemplo, existem alguns casos em que a atividade física pode ter uma contra-indicação absoluta, como para as portadoras de diabetes tipo I, em casos de históricos de dois ou mais abortos espontâneos, gravidez múltipla, tabagismo e ingestão excessiva de álcool. As contra-indicações relativas incluem a anemia, histórico de trabalho de parto prematuro, obesidade, diabetes tipo II e condicionamento físico muito abaixo do recomendável (antes da gravidez - sedentarismo). No caso de gestantes saudáveis, há estudos que apóiam a atividade física (leve a moderada), entretanto algumas precauções devem ser tomadas, entre elas: a obtenção de autorização médica e conhecimento das alterações potencialmente perigosas que podem surgir durante o exercício.
Principais diferenças metabólicas e cardiovasculares entre mulher grávida e a não grávida.
- Débito cardíaco maior em repouso e durante o exercício submáximo nos dois primeiros trimestres. No terceiro trimestre, o débito cardíaco apresenta valores mais baixos e há aumento da possibilidade de hipotensão;
- Freqüência cardíaca maior no repouso e no exercício submáximo;
- Volume sanguíneo aumentado de 40 a 50%.
Principais efeitos agudos do exercício na gestante.
- Redução do fluxo sanguíneo para o útero (o sangue é desviado para os músculos ativos), podendo levar à hipóxia fetal (insuficiência de oxigênio). Tal redução está diretamente relacionada à intensidade e duração do exercício;
- Hipertermia fetal, a qual consiste em elevação acentuada da temperatura interna da gestante, que geralmente ocorre em exercícios aeróbicos prolongados, ou atividades físicas sob condições de estresse e calor;
- Redução da disponibilidade de carboidratos para o feto, pois o metabolismo materno passa a utilizar maior quantidade deste substrato, contudo esta afirmação ainda necessita de maior comprovação;
- Possibilidade de abortamento durante o primeiro trimestre;
- Risco de indução ao trabalho prematuro de parto.
Recomendações quanto à prática de atividades físicas para gestantes sem fatores de risco adicionais.
- Evitar permanecer muito tempo em pé (imóvel), devido à possibilidade de dores nas costas advindas do esforço excessivo nas fáscias musculares;
- Qualquer exercício com risco de trauma na região abdominal deve ser evitado;
- Mulheres que se exercitam durante a gravidez devem ter atenção especial com a dieta;
- Evitar exercícios vigorosos, pois o débito cardíaco remanescente, neste caso, será preferivelmente distribuído longe dos leitos esplâncnicos (incluindo o útero);
- Durante exercícios aeróbios, deve-se observar os sintomas maternos para adequar a intensidade da atividade;
- Interromper o exercício quando estiverem fadigadas e, principalmente, não se exercitarem até exaustão;
- A prática de exercício deve ser regular (mínimo recomendado: 3x por semana) e a intensidade, de leve a moderada (preferivelmente intermitente);
- Exercícios sem suporte do peso corporal são mais indicados (ciclismo, natação, hidroginástica), devido ao menor impacto e reduzido risco de lesão;
- Intervalos de repouso durante as atividades podem ser úteis para evitar a hipóxia fetal ou estresse térmico sobre o feto;
- Manter a hidratação para evitar o aumento acentuado da temperatura corporal. (aumentos normais de temperatura induzidos pelos exercícios acarretam pouco risco ao feto);
- Atividades físicas ao final da gestação podem ampliar a resposta hipoglicemica maternal normal, aumentando a captação da glicose por parte do músculo esquelético materno. Em condições extremas, esta resposta poderia afetar negativamente o feto;
- Evitar exercícios em ambientes quentes e/ou úmidos;
- Deve-se prevenir o ganho excessivo de peso;
- Incluir no treinamento exercícios para os músculos da pelve, abdome e diafragma, pois estas musculaturas fortalecidas podem facilitar o trabalho de parto vaginal.
Professora Elke Oliveira
Graduada em Educação Física pela Universidade de Brasília.
Fonte: http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=1286